Como desenvolver inteligência emocional em crianças

7 de novembro de 2025

Falar sobre inteligência emocional nas escolas e nas famílias não é modismo, é necessidade.

Em um mundo acelerado, competitivo e repleto de estímulos, as crianças estão crescendo com uma carga emocional que muitas vezes nem sabem nomear. Aprender a lidar com sentimentos deveria ser parte da alfabetização, porque saber sentir é tão importante quanto saber ler e escrever.


A inteligência emocional é a capacidade de reconhecer, compreender e administrar as próprias emoções, além de perceber o que o outro sente.

É isso que sustenta o respeito, a empatia e o equilíbrio.

O problema é que, muitas vezes, tratamos as emoções das crianças como algo secundário, quando, na verdade, são a base de todo aprendizado.


Quantas vezes um adulto diz “não foi nada” diante do choro de uma criança? Ou “engole o choro” quando ela expressa frustração? Essas frases, aparentemente inofensivas, ensinam desde cedo que sentir é errado. E o resultado disso aparece mais tarde: jovens que não conseguem lidar com a raiva, adultos que não sabem pedir ajuda, profissionais que não conseguem ouvir críticas sem desmoronar.


Desenvolver inteligência emocional é um trabalho diário, que começa com escuta. Escutar de verdade. Perguntar “o que aconteceu?”, “como você se sente?”, “o que te deixaria melhor?”.

Quando uma criança se sente acolhida, ela aprende a confiar, e essa confiança é o primeiro passo para o autoconhecimento.


Outro ponto importante é dar nome às emoções.

Quando ajudamos uma criança a identificar que está com raiva, medo ou vergonha, estamos ensinando linguagem emocional. E quem aprende a nomear o que sente, aprende também a controlar e compreender o próprio comportamento.


A escola tem um papel fundamental nesse processo, mas ela precisa caminhar junto com as famílias. Professores sobrecarregados não podem ser os únicos responsáveis por esse desenvolvimento. É preciso investimento público, formação em educação socioemocional, espaços de escuta e acompanhamento psicológico.


A inteligência emocional não se ensina com apostila, mas com exemplo.

As crianças aprendem mais com o que observam do que com o que ouvem. Quando veem um adulto pedir desculpas, elas aprendem humildade. Quando veem alguém reconhecer um erro, aprendem responsabilidade. Quando veem o afeto, aprendem empatia.


Em um país onde tantas crianças crescem em ambientes de violência, pressa e falta de diálogo, desenvolver inteligência emocional é também um ato político. É garantir uma geração mais consciente, mais empática e menos adoecida.


Sou Aline Teixeira, e acredito que educar emocionalmente é o caminho para uma sociedade mais justa.

Se você também acredita, me acompanhe nas redes sociais @alineteixeira.oficial.


17 de dezembro de 2025
O futuro de um país não começa no Palácio do Planalto. Começa nas creches. Nos primeiros anos de vida, quando uma criança aprende a andar, a falar, a confiar. É ali, no colo e no cuidado, que se formam as bases emocionais, cognitivas e sociais que acompanharão cada pessoa pelo resto da vida. Mas no Brasil, o acesso à educação infantil ainda é um privilégio. Em muitas cidades, mães esperam meses (às vezes anos) por uma vaga. E, enquanto isso, precisam escolher entre trabalhar ou cuidar dos filhos. É uma escolha cruel. A creche não é apenas um espaço para “deixar a criança” enquanto os pais trabalham. É um espaço de formação, de acolhimento, de desenvolvimento humano. Quando uma criança tem acesso a uma educação de qualidade desde cedo, ela cresce com mais autonomia, mais empatia e mais chance de romper o ciclo da pobreza. Garantir vagas em creches públicas é, portanto, uma decisão econômica e social, não apenas educacional. Cada vaga aberta é uma mulher que volta ao mercado de trabalho, é uma família com mais estabilidade financeira, é uma criança com mais oportunidade de aprender e crescer. Se quisermos um país mais justo, precisamos começar pelas crianças. É nas políticas para a primeira infância que se constrói o verdadeiro futuro, aquele que não depende de slogans, mas de ações concretas: creches acessíveis, professores valorizados, alimentação adequada e acompanhamento psicológico. O desenvolvimento de uma sociedade começa no colo. É ali que nascem a segurança, a confiança e a esperança. Sou Aline Teixeira, e acredito que cuidar das crianças é cuidar do país.  Se você também acredita, me acompanhe nas redes sociais @alineteixeira.oficial.
15 de dezembro de 2025
O colapso no transporte público de São Paulo — como o que vimos na Linha 11-Coral — não é apenas um problema técnico. É um problema social, econômico e de gênero. Sempre que um trem para, quando uma linha sofre panes, atrasos ou superlotação, o impacto recai de forma muito maior sobre as mulheres. Isso acontece porque elas dependem mais do transporte público, têm jornadas mais fragmentadas e lidam com responsabilidades que o sistema insiste em tratar como “assuntos privados”: levar e buscar filhos na escola, cuidar de idosos, trabalhar longe de casa e realizar tarefas que exigem múltiplos deslocamentos diários. Quando o trem quebra, não é apenas o horário de trabalho que se perde. É a vaga da creche que chega perto de ser cancelada. É a advertência no emprego, mesmo quando a culpa não é da trabalhadora. É a criança esperando mais tempo do que deveria. É a mulher voltando mais tarde, agora exposta a riscos maiores. Falhas de mobilidade urbana não afetam todo mundo da mesma maneira. Elas ampliam desigualdades — especialmente para quem já enfrenta dificuldades estruturais. Em vagões lotados, as mulheres são alvo fácil de assédio. Em estações sem segurança, correm risco de violência. Em trajetos noturnos, sentem medo legítimo. Falar de mobilidade, portanto, é falar de segurança pública, saúde mental, acesso ao trabalho e autonomia feminina. Um transporte eficiente reduz estresse, aumenta produtividade, diminui evasão escolar e protege vidas. Mas tudo isso só funciona quando o poder público enxerga a mobilidade como política essencial e não como gasto. Enquanto essas medidas não são tomadas, continuamos repetindo o mesmo ciclo: trabalhador atrasado, mãe sobrecarregada, usuárias expostas a risco e uma sensação generalizada de abandono.