O futuro do país cabe na creche

17 de dezembro de 2025

O futuro de um país não começa no Palácio do Planalto.


Começa nas creches.


Nos primeiros anos de vida, quando uma criança aprende a andar, a falar, a confiar.

É ali, no colo e no cuidado, que se formam as bases emocionais, cognitivas e sociais que acompanharão cada pessoa pelo resto da vida.


Mas no Brasil, o acesso à educação infantil ainda é um privilégio.

Em muitas cidades, mães esperam meses (às vezes anos) por uma vaga. E, enquanto isso, precisam escolher entre trabalhar ou cuidar dos filhos. É uma escolha cruel.


A creche não é apenas um espaço para “deixar a criança” enquanto os pais trabalham.

É um espaço de formação, de acolhimento, de desenvolvimento humano.


Quando uma criança tem acesso a uma educação de qualidade desde cedo, ela cresce com mais autonomia, mais empatia e mais chance de romper o ciclo da pobreza.


Garantir vagas em creches públicas é, portanto, uma decisão econômica e social, não apenas educacional.

Cada vaga aberta é uma mulher que volta ao mercado de trabalho, é uma família com mais estabilidade financeira, é uma criança com mais oportunidade de aprender e crescer.


Se quisermos um país mais justo, precisamos começar pelas crianças.

É nas políticas para a primeira infância que se constrói o verdadeiro futuro, aquele que não depende de slogans, mas de ações concretas: creches acessíveis, professores valorizados, alimentação adequada e acompanhamento psicológico.


O desenvolvimento de uma sociedade começa no colo.

É ali que nascem a segurança, a confiança e a esperança.


Sou Aline Teixeira, e acredito que cuidar das crianças é cuidar do país.

Se você também acredita, me acompanhe nas redes sociais @alineteixeira.oficial.


15 de dezembro de 2025
O colapso no transporte público de São Paulo — como o que vimos na Linha 11-Coral — não é apenas um problema técnico. É um problema social, econômico e de gênero. Sempre que um trem para, quando uma linha sofre panes, atrasos ou superlotação, o impacto recai de forma muito maior sobre as mulheres. Isso acontece porque elas dependem mais do transporte público, têm jornadas mais fragmentadas e lidam com responsabilidades que o sistema insiste em tratar como “assuntos privados”: levar e buscar filhos na escola, cuidar de idosos, trabalhar longe de casa e realizar tarefas que exigem múltiplos deslocamentos diários. Quando o trem quebra, não é apenas o horário de trabalho que se perde. É a vaga da creche que chega perto de ser cancelada. É a advertência no emprego, mesmo quando a culpa não é da trabalhadora. É a criança esperando mais tempo do que deveria. É a mulher voltando mais tarde, agora exposta a riscos maiores. Falhas de mobilidade urbana não afetam todo mundo da mesma maneira. Elas ampliam desigualdades — especialmente para quem já enfrenta dificuldades estruturais. Em vagões lotados, as mulheres são alvo fácil de assédio. Em estações sem segurança, correm risco de violência. Em trajetos noturnos, sentem medo legítimo. Falar de mobilidade, portanto, é falar de segurança pública, saúde mental, acesso ao trabalho e autonomia feminina. Um transporte eficiente reduz estresse, aumenta produtividade, diminui evasão escolar e protege vidas. Mas tudo isso só funciona quando o poder público enxerga a mobilidade como política essencial e não como gasto. Enquanto essas medidas não são tomadas, continuamos repetindo o mesmo ciclo: trabalhador atrasado, mãe sobrecarregada, usuárias expostas a risco e uma sensação generalizada de abandono.
12 de dezembro de 2025
O Brasil está cansado. E não é só um cansaço físico, é um cansaço profundo, que atravessa corpo, mente e alma. Um cansaço de trabalhar tanto e ver tão pouco retorno, de viver em estado de alerta constante, de se sentir sempre à beira do colapso. A exaustão virou parte da rotina nacional. São trabalhadores que acordam antes do sol, enfrentam transporte precário, cumprem jornadas longas e ainda voltam pra casa com a cabeça cheia de contas e preocupações. São mães que acumulam funções, estudantes que trabalham para poder estudar, profissionais de saúde e educação que seguem firmes mesmo sem o mínimo reconhecimento. Vivemos em uma sociedade que normalizou o esgotamento. Ser produtivo virou sinônimo de ser valioso e descansar passou a ser quase um pecado. As pessoas estão dormindo menos, comendo mal, se isolando, se desconectando de si mesmas. Esse cansaço coletivo é também um sintoma político. Porque o desgaste não vem do nada, ele é resultado de um país que cobra muito de quem tem pouco e entrega pouco a quem mais precisa. É o acúmulo de jornadas, a falta de estrutura, a precarização do trabalho, o medo constante do desemprego e o desamparo das políticas públicas. O esgotamento virou parte da paisagem, mas ele não é natural. Ele é fruto de escolhas e escolhas podem ser diferentes. Cidades com mobilidade eficiente, acesso à saúde mental, moradia digna e educação de qualidade produzem cidadãos mais equilibrados, mais criativos, mais saudáveis. Precisamos, como sociedade, reaprender a valorizar o descanso, o lazer, o tempo livre. Precisamos resgatar a noção de que o bem-estar não é luxo, é direito. Porque ninguém pode viver o tempo todo em modo de sobrevivência. O Brasil precisa de respiro e não só no sentido figurado. Precisamos de um novo pacto social que coloque o cuidado no centro das políticas públicas. Porque quando um país esgota o seu povo, ele esgota também o próprio futuro. Sou Aline Teixeira, e acredito que um país justo é aquele em que as pessoas podem viver e não apenas resistir.  Se você também acredita, me acompanhe nas redes sociais @alineteixeira.oficial.