O Peso das Expectativas

12 de novembro de 2025

A gente passa boa parte da vida tentando atender às expectativas — as dos outros e as nossas também. Desde cedo, aprendemos o que “deveríamos” ser: bons filhos, bons profissionais, boas companhias, boas mães, bons exemplos. Crescemos com listas invisíveis de tudo o que precisamos cumprir para sermos aceitos. E, no meio disso, acabamos esquecendo de perguntar o que, de fato, faz sentido pra gente.


As expectativas são como uma mochila que vai enchendo aos poucos. Às vezes, nem percebemos o peso. São comentários sutis como “você podia estar em outro cargo”, “essa idade já era pra ter casado”, “você ainda não tem filhos?” que, somados, se transformam em cobranças. E quando não atendemos, vem a culpa.


Vivemos em um tempo em que a comparação é constante.

As redes sociais amplificam a sensação de que estamos sempre atrasados, sempre devendo algo. Mas ninguém posta o medo, a dúvida ou o dia em que não deu conta. O que vemos é um recorte bonito de vidas que, no fundo, também carregam seus próprios vazios.


A verdade é que nenhuma vida real cabe dentro das expectativas alheias.

Quando tentamos corresponder a todas, perdemos o que nos faz únicos. A busca por aprovação é um ciclo sem fim, porque quem exige que você seja perfeito nunca vai se contentar com o que é humano.


Talvez o verdadeiro amadurecimento esteja em aceitar que não dá pra agradar todo mundo. Que falhar faz parte. Que o sucesso tem significados diferentes para cada pessoa. Às vezes, o que parece pouco para o outro é exatamente o que te mantém em pé.


Soltar as expectativas é se permitir viver com mais leveza. É dizer: “isso é o que eu posso agora, e tudo bem”. É reencontrar o prazer nas pequenas conquistas, sem precisar provar nada pra ninguém.



Sou Aline Teixeira, e acredito que a liberdade começa quando a gente entende que não nasceu pra caber em todas as expectativas, nasceu pra viver o que é verdadeiro. Se você também acredita, me acompanhe nas redes sociais @alineteixeira.oficial.


7 de novembro de 2025
Falar sobre inteligência emocional nas escolas e nas famílias não é modismo, é necessidade. Em um mundo acelerado, competitivo e repleto de estímulos, as crianças estão crescendo com uma carga emocional que muitas vezes nem sabem nomear. Aprender a lidar com sentimentos deveria ser parte da alfabetização, porque saber sentir é tão importante quanto saber ler e escrever. A inteligência emocional é a capacidade de reconhecer, compreender e administrar as próprias emoções, além de perceber o que o outro sente. É isso que sustenta o respeito, a empatia e o equilíbrio. O problema é que, muitas vezes, tratamos as emoções das crianças como algo secundário, quando, na verdade, são a base de todo aprendizado. Quantas vezes um adulto diz “não foi nada” diante do choro de uma criança? Ou “engole o choro” quando ela expressa frustração? Essas frases, aparentemente inofensivas, ensinam desde cedo que sentir é errado. E o resultado disso aparece mais tarde: jovens que não conseguem lidar com a raiva, adultos que não sabem pedir ajuda, profissionais que não conseguem ouvir críticas sem desmoronar. Desenvolver inteligência emocional é um trabalho diário, que começa com escuta. Escutar de verdade. Perguntar “o que aconteceu?”, “como você se sente?”, “o que te deixaria melhor?”. Quando uma criança se sente acolhida, ela aprende a confiar, e essa confiança é o primeiro passo para o autoconhecimento. Outro ponto importante é dar nome às emoções. Quando ajudamos uma criança a identificar que está com raiva, medo ou vergonha, estamos ensinando linguagem emocional. E quem aprende a nomear o que sente, aprende também a controlar e compreender o próprio comportamento. A escola tem um papel fundamental nesse processo, mas ela precisa caminhar junto com as famílias. Professores sobrecarregados não podem ser os únicos responsáveis por esse desenvolvimento. É preciso investimento público, formação em educação socioemocional, espaços de escuta e acompanhamento psicológico. A inteligência emocional não se ensina com apostila, mas com exemplo. As crianças aprendem mais com o que observam do que com o que ouvem. Quando veem um adulto pedir desculpas, elas aprendem humildade. Quando veem alguém reconhecer um erro, aprendem responsabilidade. Quando veem o afeto, aprendem empatia. Em um país onde tantas crianças crescem em ambientes de violência, pressa e falta de diálogo, desenvolver inteligência emocional é também um ato político. É garantir uma geração mais consciente, mais empática e menos adoecida. Sou Aline Teixeira, e acredito que educar emocionalmente é o caminho para uma sociedade mais justa.  Se você também acredita, me acompanhe nas redes sociais @alineteixeira.oficial.
6 de novembro de 2025
Na tarde de segunda-feira, um trem da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), da linha 11-Coral, apresentou falha em pleno horário de pico — por volta das 17h10 — obrigando passageiros a caminhar sobre os trilhos na estação Estação Brás. Mas este não foi um “simples transtorno técnico”. Ele expôs, incisivamente, como o transporte público falha em garantir dignidade à vida de quem depende dele. E quem depende mais? Mulheres que têm duplas jornadas, mães que correm para buscar os filhos na creche, pessoas que pegam o trem exaustas depois de um dia inteiro de trabalho. Essa falha se torna um impacto real, não apenas uma manchete. Considere a mulher que trabalha meio expediente, pega o trem lotado, chega atrasada por causa da superlotação ou falha na linha, e ainda precisa enfrentar o trânsito ou buscar os filhos antes que feche a creche. A estação parada, o trem com horário estendido, a necessidade de caminhar sobre os trilhos, tudo isso vira um atraso na vida dela, um aumento no tempo de trabalho não remunerado e um desgaste emocional que não se contabiliza. Essa rotina invisibilizada é parte da realidade de tantas mulheres no grande entorno da zona leste. E não são só os atrasos, há também o medo, a insegurança. Quando a linha falha, quando a estação lota ou fica parada, quem está lá é apresentado ao risco. Mulheres, muitas vezes, permanecem sós na plataforma ou se deslocam em vias alternativas sem iluminação ou proteção. Caminhar entre trilhos ou fazer baldeações longas é colocar corpo e confiança em situações que deveriam se chamar “acesso garantido”, não “sorte de acerto”. Essa falha operacional revela algo mais profundo: a infraestrutura que atende “menos prioridade” acaba atingindo pessoas que já são atingidas por desigualdades — trabalhadores, mulheres, mães solo, famílias periféricas. Aumenta o tempo de deslocamento, diminui a segurança, soma ao cansaço. Quando o transporte público falha, ele não falha sozinho. Ele empurra sobre as pessoas uma carga invisível de estresse, atraso, insegurança e, para muitos, isso se transforma em doença, ansiedade, sensação de falta de controle. A saúde mental de quem trabalha para cumprir horários apertados, com transporte falho e jornada dupla, está em risco. E essa é uma questão de política pública. Precisamos exigir: trens confiáveis, intervalos reduzidos, estações seguras, baldeações mais fáceis. Não como “luxo”, mas como direito. E precisamos ouvir especialmente as mulheres que vivem essa rotina. Porque o transporte que funciona bem não é só o que leva do ponto A ao B. É o que devolve tempo, segurança e dignidade. Sou Aline Teixeira, e acredito que uma cidade com transporte eficiente é uma cidade que respeita quem vive e quem vive muitas vezes espera pelo trem, o lar e o futuro todo dia. Se você também acredita, me acompanhe nas redes sociais @alineteixeira.oficial.