O Brasil cansado: por que estamos todos exaustos?

O Brasil está cansado. E não é só um cansaço físico, é um cansaço profundo, que atravessa corpo, mente e alma.
Um cansaço de trabalhar tanto e ver tão pouco retorno, de viver em estado de alerta constante, de se sentir sempre à beira do colapso.
A exaustão virou parte da rotina nacional.
São trabalhadores que acordam antes do sol, enfrentam transporte precário, cumprem jornadas longas e ainda voltam pra casa com a cabeça cheia de contas e preocupações.
São mães que acumulam funções, estudantes que trabalham para poder estudar, profissionais de saúde e educação que seguem firmes mesmo sem o mínimo reconhecimento.
Vivemos em uma sociedade que normalizou o esgotamento.
Ser produtivo virou sinônimo de ser valioso e descansar passou a ser quase um pecado.
As pessoas estão dormindo menos, comendo mal, se isolando, se desconectando de si mesmas.
Esse cansaço coletivo é também um sintoma político.
Porque o desgaste não vem do nada, ele é resultado de um país que cobra muito de quem tem pouco e entrega pouco a quem mais precisa.
É o acúmulo de jornadas, a falta de estrutura, a precarização do trabalho, o medo constante do desemprego e o desamparo das políticas públicas.
O esgotamento virou parte da paisagem, mas ele não é natural. Ele é fruto de escolhas e escolhas podem ser diferentes.
Cidades com mobilidade eficiente, acesso à saúde mental, moradia digna e educação de qualidade produzem cidadãos mais equilibrados, mais criativos, mais saudáveis.
Precisamos, como sociedade, reaprender a valorizar o descanso, o lazer, o tempo livre.
Precisamos resgatar a noção de que o bem-estar não é luxo, é direito. Porque ninguém pode viver o tempo todo em modo de sobrevivência.
O Brasil precisa de respiro e não só no sentido figurado.
Precisamos de um novo pacto social que coloque o cuidado no centro das políticas públicas.
Porque quando um país esgota o seu povo, ele esgota também o próprio futuro.
Sou Aline Teixeira, e acredito que um país justo é aquele em que as pessoas podem viver e não apenas resistir.
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