Por que Ainda Não Estamos Seguras?

26 de setembro de 2025

Crescemos ouvindo que deveríamos evitar ruas escuras, roupas curtas, conversas com estranhos. E mesmo assim, não estamos seguras. O medo nos acompanha no ponto de ônibus, no estacionamento do mercado, dentro de casa, no transporte público, nas festas, no trabalho. Ele é uma presença constante, e não uma exceção.

De acordo com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em 2024, uma mulher foi vítima de feminicídio a cada 6 horas no Brasil. A maioria dessas mortes aconteceu dentro de casa, e muitas dessas mulheres já haviam denunciado seus agressores. O sistema as ouviu — mas não agiu.


Não estamos falando apenas de estatísticas. Estamos falando de vidas interrompidas, de mães, filhas, amigas. Estamos falando de nós.


E mais: segurança não é só sobreviver. É viver sem medo. É poder andar na rua à noite sem apertar as chaves entre os dedos. É sair para correr sem monitorar o caminho. É não ter que se justificar por estar sozinha, ou por querer ir embora. É ter uma delegacia especializada que funcione. É ter políticas públicas permanentes e não ações pontuais. É ter mulheres fazendo leis, julgando casos, ocupando o poder.


A nossa segurança passa por representatividade, por investimento, por educação. E, acima de tudo, por vontade política. Ainda não estamos seguras porque essa vontade, muitas vezes, nos ignora.



Mas seguimos. Ocupamos as ruas, as assembleias, os coletivos. Denunciamos, organizamos, resistimos. Porque enquanto não estivermos todas seguras, nenhuma de nós estará.


E é por isso que seguimos lutando. Por nós e pelas que virão.



Aline Teixeira

19 de novembro de 2025
A palavra esperança tem sido tão usada que, às vezes, parece ter perdido o peso. Mas, no fundo, ela ainda é o que move as pessoas. Porque acreditar, mesmo quando tudo parece desabar, é uma das formas mais bonitas de lutar. Mas é preciso entender: esperança não é esperar. Esperança é agir. É verbo. É construir, passo a passo, o que ainda não existe. É o que faz uma professora continuar ensinando, mesmo sem estrutura. É o que leva uma enfermeira a cuidar, mesmo sem descanso. É o que mantém tantas mulheres firmes, mesmo cansadas, acreditando que vale a pena continuar. O Brasil tem vivido tempos difíceis. Crises políticas, desigualdades, desinformação, violência. É fácil se desesperar. Mas é justamente nesse cenário que a esperança se torna mais urgente, não como sentimento ingênuo, mas como força política. Esperar passivamente é o que nos mantém presos. Esperançar, como dizia Paulo Freire, é o que transforma. É olhar para a realidade sem negar a dor, mas sem desistir da mudança. É acreditar que o país pode ser melhor e trabalhar por isso, mesmo que o caminho seja longo. A esperança verdadeira é coletiva. Ela nasce quando as pessoas se unem, quando reconhecem que os problemas não são individuais, mas sociais. É nas pequenas ações — na solidariedade, na escuta, na cobrança por políticas públicas — que a mudança começa a acontecer. Não dá mais para viver no desânimo. A descrença é o combustível da indiferença. E um país indiferente é um país sem futuro. Precisamos recuperar a capacidade de sonhar, mas também de agir. Acreditar é importante, mas transformar é essencial. Sou Aline Teixeira, e acredito que a esperança é o que nos mantém de pé, mas é a ação que nos faz caminhar.  Se você também acredita, me acompanhe nas redes sociais @alineteixeira.oficial.
12 de novembro de 2025
A gente passa boa parte da vida tentando atender às expectativas — as dos outros e as nossas também. Desde cedo, aprendemos o que “deveríamos” ser: bons filhos, bons profissionais, boas companhias, boas mães, bons exemplos. Crescemos com listas invisíveis de tudo o que precisamos cumprir para sermos aceitos. E, no meio disso, acabamos esquecendo de perguntar o que, de fato, faz sentido pra gente. As expectativas são como uma mochila que vai enchendo aos poucos. Às vezes, nem percebemos o peso. São comentários sutis como “você podia estar em outro cargo”, “essa idade já era pra ter casado”, “você ainda não tem filhos?” que, somados, se transformam em cobranças. E quando não atendemos, vem a culpa. Vivemos em um tempo em que a comparação é constante. As redes sociais amplificam a sensação de que estamos sempre atrasados, sempre devendo algo. Mas ninguém posta o medo, a dúvida ou o dia em que não deu conta. O que vemos é um recorte bonito de vidas que, no fundo, também carregam seus próprios vazios. A verdade é que nenhuma vida real cabe dentro das expectativas alheias. Quando tentamos corresponder a todas, perdemos o que nos faz únicos. A busca por aprovação é um ciclo sem fim, porque quem exige que você seja perfeito nunca vai se contentar com o que é humano. Talvez o verdadeiro amadurecimento esteja em aceitar que não dá pra agradar todo mundo. Que falhar faz parte. Que o sucesso tem significados diferentes para cada pessoa. Às vezes, o que parece pouco para o outro é exatamente o que te mantém em pé. Soltar as expectativas é se permitir viver com mais leveza. É dizer: “isso é o que eu posso agora, e tudo bem”. É reencontrar o prazer nas pequenas conquistas, sem precisar provar nada pra ninguém.  Sou Aline Teixeira, e acredito que a liberdade começa quando a gente entende que não nasceu pra caber em todas as expectativas, nasceu pra viver o que é verdadeiro. Se você também acredita, me acompanhe nas redes sociais @alineteixeira.oficial.