Saúde mental de mulheres que viveram relacionamentos abusivos

22 de setembro de 2025

Silenciosa, devastadora e, muitas vezes, invisível: assim podemos definir a marca que os relacionamentos abusivos deixam na saúde mental das mulheres. Não se trata apenas de uma história mal resolvida ou de um término doloroso. O abuso emocional, psicológico ou físico corrói a autoestima, desestabiliza a confiança e mina a capacidade de reconhecer o próprio valor.


Dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública mostram que, a cada dois minutos, uma mulher é vítima de violência doméstica no Brasil. Por trás desses números, existem trajetórias de mulheres que carregam feridas internas difíceis de nomear: ansiedade, depressão, crises de pânico, transtorno de estresse pós-traumático. Muitas descrevem a sensação de terem perdido a própria identidade, como se a vida tivesse ficado suspensa dentro da lógica de controle e manipulação.


Romper com esse ciclo não é simples. A manipulação psicológica típica dos relacionamentos abusivos cria uma espécie de prisão invisível, que dificulta reconhecer a violência e, principalmente, pedir ajuda. Quando finalmente rompem, essas mulheres iniciam uma jornada de reconstrução — um processo lento, que exige acolhimento, rede de apoio e, em muitos casos, acompanhamento profissional.


Falar sobre saúde mental é também falar sobre políticas públicas. É garantir acesso a centros de referência, serviços de psicologia e psiquiatria pelo SUS e investir em campanhas que alertem para os sinais do abuso. É compreender que o cuidado não pode ser privilégio, mas direito.


Mais do que nunca, precisamos olhar para essas mulheres não como vítimas eternas, mas como protagonistas de suas histórias. O autocuidado, a retomada de vínculos sociais e o acesso a espaços de escuta são caminhos que fortalecem a autonomia e abrem novas possibilidades de vida.


Às mulheres que estão atravessando esse processo, fica o lembrete: não há vergonha em pedir ajuda, em admitir a dor ou em recomeçar. O abuso não define quem você é. Sua história é maior do que a violência que você viveu.





Aline Teixeira

19 de novembro de 2025
A palavra esperança tem sido tão usada que, às vezes, parece ter perdido o peso. Mas, no fundo, ela ainda é o que move as pessoas. Porque acreditar, mesmo quando tudo parece desabar, é uma das formas mais bonitas de lutar. Mas é preciso entender: esperança não é esperar. Esperança é agir. É verbo. É construir, passo a passo, o que ainda não existe. É o que faz uma professora continuar ensinando, mesmo sem estrutura. É o que leva uma enfermeira a cuidar, mesmo sem descanso. É o que mantém tantas mulheres firmes, mesmo cansadas, acreditando que vale a pena continuar. O Brasil tem vivido tempos difíceis. Crises políticas, desigualdades, desinformação, violência. É fácil se desesperar. Mas é justamente nesse cenário que a esperança se torna mais urgente, não como sentimento ingênuo, mas como força política. Esperar passivamente é o que nos mantém presos. Esperançar, como dizia Paulo Freire, é o que transforma. É olhar para a realidade sem negar a dor, mas sem desistir da mudança. É acreditar que o país pode ser melhor e trabalhar por isso, mesmo que o caminho seja longo. A esperança verdadeira é coletiva. Ela nasce quando as pessoas se unem, quando reconhecem que os problemas não são individuais, mas sociais. É nas pequenas ações — na solidariedade, na escuta, na cobrança por políticas públicas — que a mudança começa a acontecer. Não dá mais para viver no desânimo. A descrença é o combustível da indiferença. E um país indiferente é um país sem futuro. Precisamos recuperar a capacidade de sonhar, mas também de agir. Acreditar é importante, mas transformar é essencial. Sou Aline Teixeira, e acredito que a esperança é o que nos mantém de pé, mas é a ação que nos faz caminhar.  Se você também acredita, me acompanhe nas redes sociais @alineteixeira.oficial.
12 de novembro de 2025
A gente passa boa parte da vida tentando atender às expectativas — as dos outros e as nossas também. Desde cedo, aprendemos o que “deveríamos” ser: bons filhos, bons profissionais, boas companhias, boas mães, bons exemplos. Crescemos com listas invisíveis de tudo o que precisamos cumprir para sermos aceitos. E, no meio disso, acabamos esquecendo de perguntar o que, de fato, faz sentido pra gente. As expectativas são como uma mochila que vai enchendo aos poucos. Às vezes, nem percebemos o peso. São comentários sutis como “você podia estar em outro cargo”, “essa idade já era pra ter casado”, “você ainda não tem filhos?” que, somados, se transformam em cobranças. E quando não atendemos, vem a culpa. Vivemos em um tempo em que a comparação é constante. As redes sociais amplificam a sensação de que estamos sempre atrasados, sempre devendo algo. Mas ninguém posta o medo, a dúvida ou o dia em que não deu conta. O que vemos é um recorte bonito de vidas que, no fundo, também carregam seus próprios vazios. A verdade é que nenhuma vida real cabe dentro das expectativas alheias. Quando tentamos corresponder a todas, perdemos o que nos faz únicos. A busca por aprovação é um ciclo sem fim, porque quem exige que você seja perfeito nunca vai se contentar com o que é humano. Talvez o verdadeiro amadurecimento esteja em aceitar que não dá pra agradar todo mundo. Que falhar faz parte. Que o sucesso tem significados diferentes para cada pessoa. Às vezes, o que parece pouco para o outro é exatamente o que te mantém em pé. Soltar as expectativas é se permitir viver com mais leveza. É dizer: “isso é o que eu posso agora, e tudo bem”. É reencontrar o prazer nas pequenas conquistas, sem precisar provar nada pra ninguém.  Sou Aline Teixeira, e acredito que a liberdade começa quando a gente entende que não nasceu pra caber em todas as expectativas, nasceu pra viver o que é verdadeiro. Se você também acredita, me acompanhe nas redes sociais @alineteixeira.oficial.